Terroristas explodem igreja católica no Iêmen

15 de dezembro de 2015, tera Terroristas explodem igreja católica no Iêmen

Um grupo de homens armados explodiu uma igreja católica no Iêmen, na quarta-feira, 9, sob os gritos de “Allah Akbar” (Deus é grande).

Segundo a Agência France-Presse, quatro homens mascarados invadiram o bairro residencial de Moualla, em Áden, onde destruíram o templo com explosivos, restando uma pilha de escombros. A cidade é a segunda maior do país e sofre com o aumento da presença jihadista.

A igreja da Imaculada Conceição ficava ao lado de um cemitério cristão e havia sido construída em 1950, quando a região ainda estava sob domínio britânico.

Embora os ataques não tenham sido reivindicados por nenhum grupo extremista, um oficial de polícia sinalizou que jihadistas da Al-Qaeda e do Estado Islâmico (ISIS) estariam aproveitando a instabilidade no pais e a ausência do Estado.

Os dois grupos cresceram no Iêmen, nos últimos meses, diante da guerra civil entre os rebeldes Houthi e as forças sunitas fiéis ao Presidente Abdel Mansour Hadi.

À AFP, um agente declarou que esse ataque “prenuncia a batalha que os (novos) governador e chefe da polícia de Áden terão de travar contra os grupos terroristas Daech (ISIS) e Al-Qaeda”.

No domingo, 9, o governador de Áden, Jaafar Mohammed Saad foi morto em um atentado terrorista, quando o comboio que o levava foi atingido por um homem-bomba. O Estado Islâmico reivindicou o ataque e prometeu mais operações.

Também em 16 de setembro, a Igreja de São José, situada em outra região da cidade, foi incendiada, após ter sido saqueada na véspera.

Esta guerra tem levada a maioria dos católicos a deixaram o Iêmen. De acordo com a Rádio Vaticano, os poucos que permanecem são assistidos pelos salesianos indianos Thomas A. Kizhake Nellikunnel e George Muttathuparambil e também resolveram ficar no país cerca de 20 Missionárias da Caridade de Madre Teresa que cuida de doentes mentes e estão em quatro casas – Sana’a, Hodeida, Taiz e Áden.

A cidade de Áden era administrada pelos britânicos até 1967 e nesse período contava com cerca de 20 igrejas para atender aos cristãos. Porém, desde a unificação do Iêmen em 1990, tem retrocedido de maneira constante no país a presença de religiões que não sejam o Islã.

 

fonte: ACI Digital