Fe Catolica https://www.fecatolica.com.br Noticias Catolicas pt-br Solmaster Vencer ou Morrer: um retrato épico da fé e resistência na Revolução Francesa https://www.fecatolica.com.br/noticias/vencer-ou-morrer-um-retrato-epico-da-fe-e-resistencia-na-revolucao-francesa/ Vencer ou Morrer> é um filme francês impactante, codirigido por Paul Mignot e Vincent Mottez, lançado originalmente em 2023 e que estreia no Brasil em 5 de junho desse ano (2025). A obra mergulha na convulsiva época da Revolução Francesa, apresentando ao público a impressionante trajetória do general François-Athanase Charette de La Contrie, conhecido como “Charette”, uma das figuras centrais da Guerra da Vendéia, conflito civil que opôs camponeses católicos ao regime revolucionário francês.

Uma história real de coragem e fé

Inspirado em eventos verídicos, Vencer ou Morrer narra a história do povo da Vendéia, no oeste da França, que resistiu bravamente à repressão da Revolução Francesa. Em meio a um dos períodos mais turbulentos da história europeia, esses camponeses — movidos pela fé católica, pela defesa da liberdade de consciência e pela preservação do modo de vida tradicional — formaram um exército popular sob a liderança de Charette. A resistência vendéia, pouco explorada no cinema contemporâneo, ganha voz neste longa com uma narrativa poderosa e envolvente. O filme destaca o Sagrado Coração de Jesus como símbolo da unidade e da força espiritual dessas famílias, tornando-se um emblema da fidelidade cristã frente à perseguição religiosa promovida pelo governo revolucionário.

Fidelidade histórica e beleza cinematográfica

Filmado nos próprios locais onde os acontecimentos se desenrolaram, Vencer ou Morrer impressiona pela fidelidade aos fatos históricos e pela direção de arte cuidadosa, que recria com precisão os cenários, figurinos e atmosferas do final do século XVIII. A fotografia é marcada por uma estética que valoriza o naturalismo das paisagens e a intensidade dos combates, equilibrando momentos de contemplação com cenas de ação intensas e emocionantes. O roteiro oferece não apenas uma narrativa militar e política, mas também uma reflexão profunda sobre fé, identidade, comunidade e sacrifício. Charette é retratado não apenas como um líder estratégico, mas como um homem de valores firmes, que inspira e é inspirado por seu povo.

Repercussão e reconhecimento

Na França, mais de 300 mil pessoas assistiram ao filme nos cinemas, um número expressivo para uma produção histórica e de forte apelo espiritual. A obra tem gerado debates e encontros entre professores, historiadores, líderes religiosos e movimentos culturais católicos, que veem no filme uma oportunidade de relembrar capítulos muitas vezes silenciados da Revolução Francesa.

Um convite à reflexão

"Vencer ou Morrer" não é apenas um filme sobre guerra e resistência. É uma ode à dignidade humana, à liberdade de consciência e à fé vivida de forma comunitária. Sua estreia no Brasil promete atrair um público interessado não só na história da Europa, mas também em temas que transcendem o tempo e o espaço, como a luta pela liberdade religiosa, o papel da fé em tempos de crise e a defesa dos valores fundamentais da vida em sociedade. por Wander Soares ]]>
As primeiras palavras de Leão XIV na íntegra https://www.fecatolica.com.br/noticias/as-primeiras-palavras-de-leao-xiv-na-integra/ Na íntegra, a saudação que os católicos do mundo inteiro estavam esperando Queridos irmãos e irmãs, Esta é a primeira saudação do Cristo ressuscitado, o bom pastor que deu sua vida pelo rebanho de Deus. Eu também gostaria que esta saudação de paz entrasse em nosso coração e alcançasse suas famílias. A todas as pessoas, onde quer que estejam, a todos os povos, a toda a terra: a paz esteja com vocês. É a paz do Cristo ressuscitado, uma paz desarmada e desarmante, humilde e perseverante. Ela vem de Deus, Deus que nos ama a todos, incondicionalmente. Ainda guardamos na memória a voz fraca, mas sempre corajosa, do papa Francisco, que abençoava Roma — o papa que abençoava Roma e que concedia sua bênção ao mundo inteiro, na manhã do dia de Páscoa. Permitam-me dar continuidade a essa bênção. Deus nos ama, Deus ama todos vocês, e o mal não prevalecerá. Todos estamos nas mãos de Deus. Por isso, sem medo, unidos, de mãos dadas com Deus e entre nós, sigamos em frente. Somos os discípulos de Cristo, que nos precede. O mundo precisa de sua luz, a humanidade precisa dele como ponte para ser alcançada por Deus e por seu amor. Ajude-nos, vocês também, e uns aos outros, a construir pontes por meio do diálogo, do encontro, unindo-nos todos para sermos um só povo sempre em paz. Agradeço ao papa Francisco. Quero agradecer também a todos os irmãos cardeais que me escolheram para ser sucessor de Pedro e caminhar com vocês como uma Igreja unida, sempre buscando a paz, a justiça, sempre trabalhando como homens e mulheres fiéis a Jesus Cristo, sem medo, para proclamar o Evangelho, para ser missionários. Sou um filho de Santo Agostinho — um agostiniano — que disse: “Com vocês sou cristão, e para vocês sou bispo”. Nesse sentido, podemos todos caminhar juntos em direção à pátria que Deus nos preparou. À Igreja de Roma, uma saudação especial. Devemos buscar juntos como ser uma Igreja missionária, uma Igreja que constrói pontes, que dialoga, uma [Igreja] sempre aberta para receber, como esta praça de braços abertos a todos, todos aqueles que precisam de nossa caridade, de nossa presença, do diálogo e do amor. E, se me permitirem, também uma palavra, uma saudação a todos e, de maneira particular, ao meu querido diocesano de Chiclayo no Peru, onde um povo orgulhoso acompanhou seu bispo, compartilhou sua fé e deu tanto, tanto, para continuar sendo uma Igreja fiel a Jesus Cristo. A todos vocês, irmãos e irmãs de Roma, da Itália, de todo o mundo, queremos ser uma Igreja sinodal, uma Igreja que caminha, uma Igreja que busca sempre a paz, que busca sempre a caridade, que busca estar próxima daqueles que sofrem. Hoje, no dia da Suplica à Virgem de Pompéia, nossa mãe Maria sempre deseja caminhar conosco, estar próxima de nós, nos ajudar por sua intercessão e amor. Eu gostaria de orar com vocês, oremos juntos por esta nova missão, por toda a Igreja, pela paz no mundo. E peçamos esta graça especial de Maria, nossa mãe. No final, o novo Papa Leão XIV conduz toda a praça e todos os que seguiam suas palavras e suas eleição a invocar Maria, rezando a Ave Maria. Fonte: Aleteia
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Papa Leão XIV faz apelo à paz em sua primeira aparição aos fiéis https://www.fecatolica.com.br/noticias/papa-leao-xiv-faz-apelo-a-paz-em-sua-primeira-aparicao-aos-fieis/ O Papa Leão XIV, eleito 267º Pontífice da Igreja Católica nesta quinta-feira, 8, dirigiu suas primeiras palavras aos fiéis reunidos na Praça São Pedro. Após sua apresentação, o Papa permaneceu por um longo tempo em silêncio, acenando para o povo. Ao iniciar sua fala, saudou os fiéis com a paz, recordando o Cristo Ressuscitado. “Também gostaria que essa saudação de paz entrasse no vosso coração, alcançasse vossa família e todas as pessoas, onde quer que estejam, todos os povos e toda a terra. A paz esteja convosco”, expressou. O novo Pontífice observou que essa é uma paz desarmadora, humilde e perseverante, que provém de Deus, que ama a todos, incondicionalmente. Neste contexto, recordou o Papa Francisco, cujo último ato público foi falar sobre a paz e conceder a Bênção Urbi et Orbi no Domingo de Páscoa. “Permitam-me dar sequência àquela mesma bênção: Deus nos quer bem, Ele nos ama a todos. O mal não prevalecerá. Estamos todos na mão de Deus”, manifestou. “Somos discípulos de Cristo, e Cristo nos precede. O mundo precisa de sua luz. A humanidade precisa de pontes para que seja alcançada por Deus. Ajudai-nos também a construir pontes com diálogo, com encontro, unindo-nos todos para sermos sempre um povo. Obrigado, Papa Francisco”, declarou.

“Convosco sou cristão, e para vós, bispo”

Leão XIV agradeceu ainda aos cardeais, que o elegeram para a missão de conduzir a Igreja Católica. Ele lembrou também suas raízes agostinianas, citando Santo Agostinho: “convosco sou cristão, e para vós, bispo”. “Nesse sentido”, prosseguiu o Santo Padre, “podemos caminhar todos juntos rumo a essa pátria à qual Deus nos preparou”. Dirigindo-se à Igreja de Roma, o Pontífice exortou os fiéis a buscar, juntos, como ser uma Igreja missionária, que constrói pontes de diálogo. O Santo Padre lembrou ainda que a Diocese de Chiclayo, no Peru, onde iniciou seu ministério episcopal, e pontuou o desejo de ser uma Igreja sinodal, que caminha e busca sempre a paz, a caridade e estar próxima especialmente daqueles que sofrem. Por fim, o Papa recordou o dia da súplica a Nossa Senhora de Pompeia, afirmando que “nossa Mãe Maria quer sempre caminhar conosco e estar próxima com sua intercessão e seu amor”. Diante disso, convidou todos os presentes a rezar a oração da Ave Maria. Após suas palavras, o novo Pontífice concedeu a Bênção Urbi et Orbi à cidade de Roma e ao mundo inteiro e acenou por mais alguns instantes para o povo antes de retornar para o interior da Basílica de São Pedro. Fonte: Cançao Nova Not
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Robert Francis Prevost é eleito Papa: inicia-se o pontificado de Leão XIV https://www.fecatolica.com.br/noticias/robert-francis-prevost-e-eleito-papa-inicia-se-o-pontificado-de-leao-xiv/ Em 8 de maio de 2025, o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost foi eleito como o 267º papa da Igreja Católica, adotando o nome de Leão XIV. Sua eleição ocorreu após quatro votações durante o conclave, com o anúncio oficial feito pelo cardeal protodiácono Dominique Mamberti na tradicional fórmula "Habemus Papam" . Prevost, de 69 anos, é o primeiro papa nascido nos Estados Unidos e possui uma trajetória marcada por sua atuação missionária no Peru, onde liderou o seminário agostiniano de Trujillo e foi bispo de Chiclayo. A relação de Leão XIV com o Papa Francisco foi próxima e colaborativa. Como prefeito do Dicastério para os Bispos, Prevost desempenhou um papel fundamental na nomeação de bispos alinhados com a visão pastoral de Francisco, enfatizando a proximidade com o povo e a escuta ativa . Em seu primeiro discurso "Urbi et Orbi", Leão XIV expressou gratidão por seu antecessor e reafirmou o compromisso com a unidade, a paz e a continuidade das reformas iniciadas por Francisco, incluindo a promoção de uma Igreja mais sinodal e transparente. O novo pontífice enfrenta desafios significativos, como a crescente secularização, a crise de vocações e a necessidade de fortalecer a transparência e a luta contra abusos dentro da Igreja. Sua experiência multicultural e dedicação à missão pastoral indicam um papado voltado para a inclusão, o diálogo e a renovação espiritual. Espera-se que Leão XIV continue a promover uma Igreja aberta, comprometida com os valores do Evangelho e atenta às necessidades do mundo contemporâneo. por Wander Soares ]]> Cardeal Robert Francis Prevost é eleito Papa Leão XIV https://www.fecatolica.com.br/noticias/cardeal-robert-francis-prevost-e-eleito-papa-leao-xiv/ Cidade do Vaticano, 08 mai 2025 (Ecclesia) – O cardeal Robert Francis Prevost, prefeito do Dicastério para os Bispos, foi hoje eleito como Papa, assumindo o nome de Leão XIV. O pontífice norte-americano, de 69 anos de idade, foi missionário e arcebispo no Peru, tendo ainda sido superior geral da Ordem de Santo Agostinho. Robert Francis Prevost é um religioso norte-americano da Ordem de Santo Agostinho, nomeado prefeito do Dicastério para os Bispos em 2023 pelo Papa Francisco. Nascido em Chicago, nos Estados Unidos, em 1955, Prevost ingressou na vida religiosa ainda jovem e foi ordenado sacerdote em 1982. Após anos de trabalho missionário no Peru, onde desempenhou papéis importantes na formação e liderança religiosa, ganhou destaque por sua capacidade de escuta, discernimento e dedicação pastoral. Seu serviço o levou ao cargo de prior geral da Ordem dos Agostinianos entre 2001 e 2013, o que lhe conferiu sólida experiência administrativa e eclesial em nível internacional. Sua nomeação para o Dicastério para os Bispos — órgão responsável pela seleção e supervisão dos bispos católicos no mundo — reflete a confiança do Papa Francisco em seu perfil pastoral, humilde e atento aos sinais dos tempos. Antes disso, já havia sido nomeado bispo de Chiclayo, no Peru, e posteriormente, membro do próprio Dicastério. Prevost assumiu um papel central na escolha de novos bispos alinhados com a visão de uma Igreja mais sinodal, próxima das pessoas e comprometida com os desafios sociais contemporâneos. Sua trajetória mostra uma combinação rara de experiência missionária, formação sólida e fidelidade à renovação eclesial proposta pelo atual pontificado. Fonte: Vatican News
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Habemus Papam: Leão XIV https://www.fecatolica.com.br/noticias/habemus-papam-leao-xiv/ Annuntio vobis gaudium magnum; Habemus Papam! "Anuncio-vos uma grande alegria; temos um Papa!". Há poucos instantes, da Sacada Central da Basílica de São Pedro, o cardeal protodiácono Dominique Mamberti pronunciou a tão aguardada fórmula em latim, comunicando a Roma e ao mundo o nome do novo Sucessor de Pedro: “Eminentissimum ac Reverendissimum Dominum, Dominum Robertum Franciscum, Sanctæ Romanæ Ecclesiæ Cardinale Prevost, qui sibi nomen imposuit Leão XIV. Traduzindo para o português: "O eminentíssimo e reverendíssimo senhor, senhor Robert Prevost, cardeal da Santa Igreja Romana PREVOST, que se impôs o nome de Leão XIV. Fonte: Vatican News
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A “Sala das Lágrimas”, onde o cardeal se torna Papa https://www.fecatolica.com.br/noticias/a-sala-das-lagrimas-onde-o-cardeal-se-torna-papa/ Na parede do Juízo Final na Capela Sistina, nos lados do altar, há duas portas fechadas de tamanho não muito grande. A da esquerda leva à chamada “Sala das Lágrimas”, onde, imediatamente após a eleição, o recém-eleito Pontífice entra para trocar a roupa e se recolher em oração por alguns minutos. Monsenhor Marco Agostini, mestre de cerimônias pontifícias: “ali o Papa toma consciência do que se tornou, do que será dali em diante”. Depois da verdade feita arte dos afrescos da Sistina, seu esplendor deslumbrante e absoluto, a luz e o ouro, o gigantismo das figuras, com olhos que parecem brilhar, com gestos capazes, por si sós, de evocar passagens precisas das Escrituras, ficamos consternados ao cruzar o limiar da porta que leva à “Sala das Lágrimas”. Deixamos para trás a magnificência universalmente aclamada das pinturas de Michelangelo e dos maiores artistas renascentistas para nos encontrarmos em uma sala pequena e sem cor. É uma sala com abóbadas com lunetas nas quais estão preservados alguns fragmentos de afrescos. Dois lances de escada em um lado e, na parede oposta, uma janela escondida por uma cortina. Uma mesa e duas cadeiras de madeira escura, um sofá vermelho e um cabideiro. A decoração é essencial. A maravilha sentida ao ver a beleza absoluta dá lugar a um sentimento íntimo que se expande na alma, à percepção da passagem dos séculos: parece se estar vendo os Pontífices escolhendo uma das três batinas brancas disponibilizadas a eles, cada uma de um tamanho diferente, e de estar vestindo aquela que será a roupa e a cor que os distinguirão para sempre. É algo mais antigo e profundo do que uma simples troca de roupa. A tradição e o ritual assumem um significado poderoso que não é apenas formal, mas, acima de tudo, espiritual.

Um lugar de consciência

Parece que os vemos também, reunidos no silêncio desse local pouco iluminado, enquanto rezam e, às vezes, como o nome da sala sugere, choram, tomados pela emoção. Após os dias convulsivos do Conclave, eles se encontram sozinhos consigo mesmos pela primeira vez. Sozinhos, mas face a face com Deus. Eles se dão conta de que, a partir daquele dia, serão Papas, assumirão o mandato petrino. Contra a parede dessa sala de serviço, ergue-se a grandeza dramática dos afrescos de Michelangelo, mas escondido está o que foi originalmente planejado para concluir a complexa iconografia de toda a Capela. É o afresco de Perugino, protegido por uma cavidade atrás do Juízo, mas ainda assim conhecido por um desenho do início do século XVI no Museu Albertina, em Viena. Aos pés da Assunção, entre anjos e santos, está a única pessoa viva, o Papa Sisto IV della Rovere, ajoelhado. Com as mãos em oração, o rosto voltado para a figura da Virgem; a tiara no chão e a cabeça descoberta em sinal de humildade e respeito; a chave petrina apoiada em seu ombro direito, símbolo da sua missão, mas também do peso - quase uma cruz - que o Pontífice deve carregar. As palavras do Evangelista João ecoam de forma clara e inteligível: “... quando você era jovem, podeia se vestir e ir para aonde queria; mas quando for velho, estenderá as mãos, e outros o vestirão e o levarão aonde você não quer ir. Jesus disse isso para informar com que tipo de morte ele iria glorificar a Deus”. Voltando à "Sala das Lágrimas", em uma parede, uma placa, datada de 31 de maio de 2013, diz: “nesta sala, chamada ‘do choro’ em homenagem a Gregório XIV, que derramou lágrimas de emoção aqui em 5 de dezembro de 1590, assim que foi eleito Papa, o novo Pontífice, depois de aceitar a eleição, veste as roupas próprias”.

Na "Sala das Lágrimas", a tomada de consciência

O monsenhor Marco Agostini, mestre de cerimônias pontifícias, reflete com a mídia do Vaticano sobre o que é um momento particularmente delicado do Conclave e o seu significado espiritual. Ele descreve a "Sala das Lágrimas" como “muito pequena, também muito apertada”. “É importante”, diz ele, ”o que acontece de um ponto de vista simbólico. Ali, o Papa toma consciência do que ele se tornou, do que ele é de agora em diante. A troca da roupa fala da profunda mudança em sua existência. Ali ele aprende que a função é maior do que a pessoa. Talvez seja também daí que deriva a definição do sala das lágrimas, porque é o momento em que ele toma consciência de que a figura Papae é muito maior do que a pessoa que a veste e que, por baixo dela, o Papa aprenderá todos os dias a morrer, porque o ofício deve emergir, o Vigário de Cristo, o sucessor de Pedro, deve emergir”. Para monsenhor Agostini, para olhar para a "Sala das Lágrimas" “precisamos de uma visão sobrenatural que nos leve a ver”, enfatiza o mestre de cerimônias, “o próprio Papa que deve aprender a ler a si mesmo com os olhos da graça, com os olhos da fé, com uma visão sobrenatural".

Passar pela porta e mudar para sempre

Tomada de consciência da nova missão na Igreja e uma troca de roupa: esses são os dois momentos que acontecem na "Sala das Lágrimas". Ao se vestir, o Papa é ajudado pelo mestre de cerimônias. “Sabemos”, enfatiza monsenhor Agostini, ”que o cardeal eleito é acompanhado até essa porta, sob o Juízo Final à esquerda do altar, e sai com o mestre de cerimônias em suas vestes pontifícias". Atravessar a porta da "Sala das Lágrimas" muda a vida de uma pessoa para sempre, e nos faz refletir que isso acontece no Jubileu da Esperança, onde atravessar a Porta Santa realmente muda a vida de uma pessoa. “É uma mudança muito profunda”, acrescenta o mestre de cerimônias referindo-se à "Sala de Lágrimas", ”é a travessia de um limiar muito especial porque vai tocar a intimidade da pessoa que se torna Papa. Poderíamos dizer que toca o coração do ministério petrino: um homem que se torna Papa, um cardeal que se torna Papa. Nós o chamamos de Papa, mas quando usamos a terminologia que historicamente designa os Papas, dizemos Vigário de Cristo, Sucessor de Pedro e, como Santa Catarina de Siena o definia, ´o doce Cristo na terra´. É esplêndido!”. Monsenhor Marco Agostini ressalta, no entanto, que “para contemplar essa visão é preciso um olhar sobrenatural, é preciso o olhar da fé”. Fonte: Vatican News
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