Religiosa que enfrentou terrorismo no Peru pede que cessem calúnias contra a Igreja
25 de agosto de 2013, domingo
A religiosa dominica María Despedaça do Carmen Valcárcel, conhecida como Mãe Covadonga, pediu que cessem as calúnias difundidas depois da publicação do Informe Final da Comissão da Verdade e Reconciliação (CVR), faz 10 anos, contra a Igreja Católica e o ex Arcebispo de Ayacucho, hoje Arcebispo de Lima e Primado do Peru, Cardeal Juan Luis Cipriani.
Em diálogo com o diário peruano O Comércio, a Mãe Covadonga, personagem emblemático da luta contra o grupo terrorista Caminho Luminoso na região de Ayacucho, ao sul de Peru, assinalou que “isso que dizem que a Igreja em Ayacucho esteve em silêncio é uma calúnia da maior”.
Efetivamente, o relatório final da CVR, em sua página 385, assegura que “se constatou que em certos lugares algumas autoridades eclesiásticas mantiveram um deplorável silêncio sobre as violações dos direitos humanos cometidas pelas forças do ordem”.
No entanto, a Mãe Covadonga assegurou que “a Igreja em Ayacucho são nossas autoridades, nossos sacerdotes, as religiosas, os laicos, que temos estado com o povo, ajudando-lhes em tudo. Quem o ajudou? Quem lhe deu esperança ao povo? Não foi a Igreja? Então, por que dizem que a Igreja não fez nada?”.
Para a religiosa, nascida em Espanha mas com nacionalidade peruana desde 1974, o escrito no relatório da CVR “é um erro porque a Igreja esteve com o povo para defender seus direitos”.
A Mãe Covadonga assinalou ademais do que se disseram mentiras sobre o trabalho realizado pelo Cardeal Cipriani quando era Arcebispo de Ayacucho, como que não apoiou os direitos humanos.
A religiosa dominica assegurou que isto “por suposto é uma calúnia. Como a ele, como pastor e católico, não iam importar-lhe os direitos humanos? Outra coisa é algo que ele pôde dizer numa circunstância ou num contexto especial”.
O então Arcebispo de Ayacucho, disse a Mãe Covadonga, “nunca me pôs obstáculos, nem a mim nem a minhas irmãs. Ele sabia que eu trabalhava nos cárceres, que ia à corte, à PIP (Polícia de Investigações do Peru), à delegacia, e ele estava contente e sempre me ajudava. Nunca me pôs dificuldades”.
Uma reportagem difundida o 22 de agosto deste ano por Panamericana TV, pôs ao descoberto o envieso que teve o relatório da CVR, contra o atual Arcebispo de Lima e Primado do Peru, ao momento de avaliar a luta contra o terrorismo que se deu no país na década dos 80’s e 90’s.
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