Papa critica legalização das drogas ao inaugurar centro para dependentes no Rio
25 de julho de 2013, quinta
O papa Francisco criticou nesta quarta-feira (24) a legalização das drogas e disse que a liberalização não é solução para enfrentar a dependência química, durante visita a um hospital que trata dependentes no Rio de Janeiro.
Em seu discurso durante a visita ao Hospital São Francisco de Assis, pontífice, que veio ao Brasil participar da Jornada Mundial da Juventude, deu uma palavra de apoio aos dependentes, afirmando que a Igreja está pronta a ajudá-los a abandonar a dependência.
"Não é deixando livre o uso das drogas, como se discute em várias partes da América Latina, que se conseguirá reduzir a difusão e a influência da dependência química", disse o papa, que é argentino.
"É necessário enfrentar os problemas que estão na raiz do uso das drogas, promovendo uma maior justiça, educando os jovens para os valores que constroem a vida comum, acompanhando quem está em dificuldade e dando esperança no futuro."
Recentemente, o Uruguai legalizou a maconha e alguns grupos e personalidades de países latino-americanos têm defendido a liberalização dessa substância, caso do ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso.
Francisco disse que a Igreja e seus fiéis devem "abraçar" aqueles que enfrentam dificuldades, como a dependência química, mas alertou que deixar essa dependência passa principalmente pela vontade do dependente.
O papa lembrou a história de São Francisco de Assis, que dá nome ao hospital e inspirou o então cardeal Jorge Mario Bergoglio na escolha de seu nome como papa.
"Precisamos todos de aprender a abraçar quem passa necessidade, como São Francisco. Há tantas situações no Brasil e no mundo que reclamam atenção, cuidado, amor, como a luta contra a dependência química", disse.
"Frequentemente, porém, nas nossas sociedades, o que prevalece é o egoísmo. São tantos os mercadores de morte que seguem a lógica do poder e do dinheiro a todo o custo", criticou.
Durante a visita, o papa escutou testemunhos emocionados de ex-dependentes químicos. Ao lado do arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, Francisco cumprimentou e foi abraçado pelos ex-dependentes.
Ao terminar seu discurso, o papa rezou o Pai Nosso com os jovens, os ex-dependentes, os pacientes, médicos, enfermeiras e religiosos que participaram do encontro.
Antes de visitar o hospital, localizado no bairro da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, o papa esteve no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, no interior de São Paulo, onde celebrou uma missa.
Na quinta-feira, Francisco visitará uma favela na zona norte do Rio e fará um discurso de acolhida aos jovens que participam da JMJ na orla de Copacabana.
Reuters
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