O comitê disse em e-mail enviado a grupos olímpicos e partes
interessadas na última terça-feira (22) que os líderes "se envolveram
numa série de conversas respeitosas e construtivas" com líderes federais
depois de um decreto de fevereiro do presidente dos EUA, Donald Trump,
que visava "proteger oportunidades para mulheres e meninas competirem em
esportes seguros e justos".
"“Sob o governo
Trump, defenderemos a orgulhosa tradição das atletas femininas e não
permitiremos que homens espanquem, machuquem e façam trapaças com nossas
mulheres e meninas”, disse Trump ao assinar o decreto. “De agora em
diante, o esporte feminino será só para mulheres”."
“Como uma
organização com estatuto federal, temos a obrigação de cumprir as
expectativas federais”, disse o USOPC em seu e-mail desta semana.
O comitê disse que atualizou suas políticas para garantir “ambientes de competição justos e seguros para as mulheres”.
Todos
os órgãos nacionais reguladores olímpicos nos EUA serão obrigados a
atualizar suas regras conforme as novas orientações, disse o comitê
nacional.
A decisão gerou críticas de defensores da ideia de permitir
que homens que se identificam com o sexo oposto compitam em eventos
esportivos femininos. A ONG National Women´s Law Center (Centro Nacional
de Direito Feminino) descreveu a medida como uma "tentativa cruel" para
impedir a participação de homens em competições femininas.
Trump
havia prometido anteriormente que seu decreto de fevereiro bloquearia a
participação masculina em esportes olímpicos femininos em 2028, quando
uma olimpíada de verão será realizada em Los Angeles.
“Nós simplesmente não vamos deixar isso acontecer”, disse o presidente ao assinar a medida.
No
início do ano, a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB, na
sigla em inglês), elogiou os esforços de Trump para manter homens fora
dos esportes femininos.
Autoridades do Partido Republicano também se
mostraram igualmente entusiasmadas com as medidas do governo Trump em
relação à ideologia de gênero. Na última terça-feira, vários
procuradores-gerais exigiram que a Associação Atlética Universitária
Nacional dos EUA (NACA, na sigla em inglês) "restabelecesse os recordes,
títulos, prêmios e reconhecimentos merecidamente conquistados por
atletas femininas de ponta", que foram retirados por homens autorizados a
competir em ligas femininas.
""Essas campeãs
conquistaram esses recordes”, disse à imprensa Andrew Bailey,
procurador-geral do Estado do Missouri. “Elas treinaram, competiram e
venceram,só para terem suas vitórias roubadas por atletas homens"."
“A
realidade biológica importa”, disse o promotor, descrevendo homens
competindo contra mulheres como “uma grave injustiça” que “mina a
integridade do esporte feminino”.
A Suprema Corte dos EUA disse no
início do mês que, em seu próximo mandato, vai julgar dois casos que
abordarão se os Estados no país podem ou não proibir homens de
participar de ligas esportivas femininas.
Ambos os casos surgiram de
ações judiciais movidas por homens jovens que se identificam com o sexo
oposto e processaram os Estados de Idaho e Virgínia Ocidental por suas
respectivas proibições de rapazes competirem em esportes femininos.
Fonte: Vatican News<br />https://www.vaticannews.va